Há chances do Engenheiros voltar com sua formação clássica (além de Gessinger, o guitarrista Augusto Licks e o baterista Carlos Maltz)?
Gostaria muito de voltar a tocar com eles. A saída do Licks foi gradual (em 1994), trabalhamos muito por sete anos e estávamos sem rumo. Não me vejo lançando material inédito com o Engenheiros. Nunca mais falei com o Licks, mesmo quando tocávamos nunca fui na casa dele. Acho que se nos encontrássemos na rua voltaríamos a conversar de onde a gente parou, somos parecidos.
E o novo projeto ‘Pouca Vogal’, onde entra na sua história?
Se o Engenheiros se encaixou no rock brasileiro, o Pouca Vogal é um formato de música de rua. O que eu tinha de acrescentar na cena de guitarra, baixo e bateria eu já acrescentei.
Eu sempre digo que o paraíso é uma rua enorme com várias vitrines de guitarra. O que me dava prazer era tocar o instrumento, trocar as cordas, essa coisa de ofício de marceneiro. Cantar nunca me deu prazer.
Entrevista completa ao Jornal da Tarde
"Cantar nunca me deu prazer", quem vê isso, nunca poderia imaginar que saiu da boca de Humberto Gessinger, que nos palcos, parecia realizar um sonho de uma vida toda.
Em relação a uma possível volta dos Engenheiros, pelo menos eu, já imaginava isso, eu já sabia que Humberto e Licks não se falavam a anos, e se ja não se falam, provavelmente não iriam voltar a ser amigos de uma hora pra outra. Seria (quase) a mesma coisa entre Axl e Slash, (eu disse quase, proporções muito diferentes).
Mas ainda existe um restinho de esperança no fundo de cada fã do Engenheiros do Hawaii.